Sou recifense da gema e, por isso mesmo, percebi que, há anos, esta época do ano me deixa com certa aflição.
Por amor ao Recife e a Pernambuco, pelo trabalho com escola e turismo, por amigos e pelo carnaval, carrego comigo uma série de informações, concepções e credos daqueles que realmente se orgulham de onde vivem e do legado histórico / cultural que nos pertence.
Sou do carnaval. Sinto-me tão parte dele que até desenvolvi um gingado, ombro a cima, para o caso de filmagens em helicópteros.
Sinto que é responsabilidade também minha mostrar ao mundo a nossa animação, garra, colorido e igualdade de oportunidades.
Nós ainda não temos isolamentos, espaços vips, camarotes...reformulando, cada vez mais percebo “Casas da Globo”, “Camarote do Galo”, qualquer coisa beer...
É complicado viver num mundo com pessoas que não imaginam viver, sem que todos percebam o seu poder de consumo e que, estes, podem decidir sobre o espaço público.
O grande problema é que não dá pra mercantilizar aquilo que é abstrato, que faz parte de um aprendizado e construção secular, aquilo que vem das experiências coletivas.
Pessoas que não se misturam deveriam ir pra casa de praia, fingir que precisam descansar porque trabalham muito...porque o foco “é muito violento!”
Ultimamente, tenho também percebido um grupo de criaturas “animadas” e que se acham a expressão da folia e, por isso, não conseguem deixar o carnaval. Até ensaiam um cordão de isolamento com uns seguranças e, pior, contratam desempregados (garçons) para servir whisky em copos de vidro.
Afinal, gente fina e animada não pode passar sem um escocês em baixo de um sol de 40º!
Como é uma bebida muito pesada pra carregar, é realmente necessário um outro para servir e carregar a garrafa na multidão!
Na verdade, não iniciei este texto pra falar sobre gente assim. O assunto terminou aparecendo! Estava escrevendo pra falar sobre a minha pessoa que, venhamos e convenhamos, é um assunto mais seguro e sem possibilidades de confusão.
Como iniciei, a minha aflição vem de enlouquecer pra encontrar uma resposta sobre a dificuldade em dançar frevo! Que dancinha difícil do caralho!!!!!!!
Eu já justifiquei a minha lealdade a Pernambuco e já até me apropriei de um hall de informações e atitudes necessárias ao recifense, olindense...
Por que, então, saber frevar...ter ritmo de frevo não faz parte desse pacote?
A dança não faz parte das manifestações culturais de um povo, afinal?
Como disse abaixo, no meu momento de encarar com naturalidade o desafio e a nova experiência, resolvi participar de uma aula de frevo promovida pela academia que “malho”.
Pra ser sincero, todos os anos, quero, sempre em janeiro, encontrar uma turma de frevo para me matricular, mas nunca fui as vias de fato.
Hoje, fui ao encontro da minha completude de identidade!
RESULTADO:
Uns nascem pra dança e outros pra porra nenhuma!!!!! Eu.
Lógico que segui, inconscientemente, a seqüência do texto abaixo: fui de verde, cheguei atrasado, errei quase tudo e, lógico, participei do momento “eu não devia ter ido!”
Este é aquele momento da culminância do aprendizado da aula. Este é o momento que o aspirante a passista faz uma dancinha, sozinho, no meio da roda com uma sombrinha de frevo e incentivado pela professora. É melhor passar o assunto!!!!
Já no momento coletivo, eu, modéstia a parte...passamos o assunto também!!!!
Por fim, numa sala de academia toda espelhada e com a intenção de dançar FREVO, eu até sobrevivi, mas não sei se me atrevo novamente!
Espero que meu filho complete ou conserte esta ‘besteirinha’ rítmica!
Por amor ao Recife e a Pernambuco, pelo trabalho com escola e turismo, por amigos e pelo carnaval, carrego comigo uma série de informações, concepções e credos daqueles que realmente se orgulham de onde vivem e do legado histórico / cultural que nos pertence.
Sou do carnaval. Sinto-me tão parte dele que até desenvolvi um gingado, ombro a cima, para o caso de filmagens em helicópteros.
Sinto que é responsabilidade também minha mostrar ao mundo a nossa animação, garra, colorido e igualdade de oportunidades.
Nós ainda não temos isolamentos, espaços vips, camarotes...reformulando, cada vez mais percebo “Casas da Globo”, “Camarote do Galo”, qualquer coisa beer...
É complicado viver num mundo com pessoas que não imaginam viver, sem que todos percebam o seu poder de consumo e que, estes, podem decidir sobre o espaço público.
O grande problema é que não dá pra mercantilizar aquilo que é abstrato, que faz parte de um aprendizado e construção secular, aquilo que vem das experiências coletivas.
Pessoas que não se misturam deveriam ir pra casa de praia, fingir que precisam descansar porque trabalham muito...porque o foco “é muito violento!”
Ultimamente, tenho também percebido um grupo de criaturas “animadas” e que se acham a expressão da folia e, por isso, não conseguem deixar o carnaval. Até ensaiam um cordão de isolamento com uns seguranças e, pior, contratam desempregados (garçons) para servir whisky em copos de vidro.
Afinal, gente fina e animada não pode passar sem um escocês em baixo de um sol de 40º!
Como é uma bebida muito pesada pra carregar, é realmente necessário um outro para servir e carregar a garrafa na multidão!
Na verdade, não iniciei este texto pra falar sobre gente assim. O assunto terminou aparecendo! Estava escrevendo pra falar sobre a minha pessoa que, venhamos e convenhamos, é um assunto mais seguro e sem possibilidades de confusão.
Como iniciei, a minha aflição vem de enlouquecer pra encontrar uma resposta sobre a dificuldade em dançar frevo! Que dancinha difícil do caralho!!!!!!!
Eu já justifiquei a minha lealdade a Pernambuco e já até me apropriei de um hall de informações e atitudes necessárias ao recifense, olindense...
Por que, então, saber frevar...ter ritmo de frevo não faz parte desse pacote?
A dança não faz parte das manifestações culturais de um povo, afinal?
Como disse abaixo, no meu momento de encarar com naturalidade o desafio e a nova experiência, resolvi participar de uma aula de frevo promovida pela academia que “malho”.
Pra ser sincero, todos os anos, quero, sempre em janeiro, encontrar uma turma de frevo para me matricular, mas nunca fui as vias de fato.
Hoje, fui ao encontro da minha completude de identidade!
RESULTADO:
Uns nascem pra dança e outros pra porra nenhuma!!!!! Eu.
Lógico que segui, inconscientemente, a seqüência do texto abaixo: fui de verde, cheguei atrasado, errei quase tudo e, lógico, participei do momento “eu não devia ter ido!”
Este é aquele momento da culminância do aprendizado da aula. Este é o momento que o aspirante a passista faz uma dancinha, sozinho, no meio da roda com uma sombrinha de frevo e incentivado pela professora. É melhor passar o assunto!!!!
Já no momento coletivo, eu, modéstia a parte...passamos o assunto também!!!!
Por fim, numa sala de academia toda espelhada e com a intenção de dançar FREVO, eu até sobrevivi, mas não sei se me atrevo novamente!
Espero que meu filho complete ou conserte esta ‘besteirinha’ rítmica!